quinta-feira, janeiro 23, 2014

Os 5 Generais Presidentes

Por Carlos Chagas
Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos difíceis. Claro que, no reverso da medalha, foi promovida ampla modernização das nossas estruturas materiais. Fica para o historiador do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos. Mas uma evidência salta aos olhos: a honestidade pessoal de cada um!

Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.

Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o
privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana.

Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda degado em Bagé, mas quando adoeceu precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão.

Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.

João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado de lamentável conservação.

Detalhe: Figueiredo foi operado no Hospital dos Servidores do Estado, no Rio.

Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes até podem ter cometido erros, mas não se meteram em politicagem, nem em negócios sujos, não enriqueceram, nem receberam benesses das empreiteiras que realizaram as maiores obras da história do Brasil, durante seus governos.

Nenhum general criou instituto destinado a preservar seus documentos ou agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente remuneradas como se vê atualmente.
Bem diferente dos tempos atuais, não é, leitor?

Acrescento eu:

Nenhum deles mandou fazer um filme pseudo biográfico, pago com dinheiro público, de auto-exaltação e culto à própria personalidade!

Nenhum deles usou dinheiro público para fazer um parque homenageando a própria mãe.

Nenhum deles usou o hospital Sírio e Libanês.

Nenhum deles comprou avião de luxo no exterior.

Nenhum deles enviou nosso dinheiro para "ajudar" outro país.

Nenhum deles saiu de Brasília, ao fim do mandato, acompanhado por 11 caminhões lotados de toda espécie de móveis e objetos roubados.

Nenhum deles exaltou a ignorância.

Nenhum deles falava errado.

Nenhum deles apareceu embriagado em público, nem mijou em público.

Nenhum deles passou a apoiar notórios desonestos depois de tê-los chamado de ladrões.

Durante os 20 anos de CONTRA-REVOLUÇÃO COMUNISTA o Brasil foi governado por 5 generais honrados, decentes e probos, tanto que foram capazes de modernizar o Brasil inteiro com apenas uma dúzia de ministros, e não com mais de 40 e outras tantas secretarias com status e gastanças de ministério.

Mas ainda tem pilantras e avermelhados por aí chamando esse período (em que fizeram as mais importantes obras de infraestrutura nacional) de ditadura.

Ora, tenho vontade de rir quando vejo esses mesmos patifes enaltecendo a chamada democracia de Cuba, onde os dinossauros da família CASTRO governam os miseráveis destinos dos cubanos há 52 anos e o fazem, mentindo, extorquindo, matando, roubando e agora, vendendo mão de obra escrava para o Brasil.

sábado, janeiro 18, 2014

MENTIRAS, FRAUDES E DESCALABROS DO PT

Nas mentiras de Lula, Dilma e dos petistas, só existem 7,3 milhões de brasileiros desempregados e, segundo o PT, grande parte da massa embrutecida pela própria ignorância, saltou para a tão sonhada classe média. 

Pior é que tem gente da imprensa vermelha muito bem remunerada e até mesmo doutores muito bem catequizados, repetindo a mentira petista de que faz parte da classe média brasileira, quem ganha de R$ 291 à R$ 1.019 por mês. 


Imagine você, leitor, a que ponto de miséria intelectual, moral e econômica, o PT quer nos condenar. Ora, não se pode aferir uma classe social apenas pela sua capacidade de consumir uma cesta básica ou de contrair dívidas na compra de pequenos objetos. É necessário aferir um conjunto de covariáveis ao poder aquisitivo, tais como, o nível educacional, cultural, informacional, estabilidade de renda, dos ativos e disponibilidades de posses e haveres. 

Identificar um assalariado analfabeto ou analfabeto funcional, que ganha 2 salários mínimos como classe média é um atentado à inteligência. Ele poderia ganhar R$ 5 mil por mês, mas se não tiver acesso aos livros, à informação e aos bens culturais, continuará na base do obelisco social.


Aos padrões do mundo civilizado e culturalmente aparelhado, classe média-média é aquele que ganha pelo menos U$ 129 mil dólares por ano e que tem ativos (casa, carro, bens) avaliados em pelo menos U$ 1 milhão de dólares. Já a classe média alta é quem ganha acima disso e tem pelo menos U$ R$ 2 milhões em posses e haveres. Portanto, quem ganha de R$ 191 à R$ 1.019 por mês, apenas sobrevive de ilusões e rezas, sabe-se lá como. 

LIQUIDANDO DE UMA VEZ POR TODAS A MENTIRA PETISTA QUE OS TOLOS E ADESTRADOS REPETEM POR AÍ:

Pesquisa recente do IBGE indica que o Brasil tem 159,1 milhões de pessoas com idade de trabalhar. Ocorre que 61,3 milhões de brasileiros não trabalham, nem procuram emprego e não entram nas estatísticas oficiais do desemprego do PT. Isso corresponde a 38,5% da população com idade de trabalhar e equivalente à soma do total da população de São Paulo e do Rio de Janeiro. 

A pesquisa revela ainda que a imensa maioria dos desocupados brasileiros não concluiu sequer o ensino fundamental. Eis o Brasil nosso a caminho do abismo econômico e social.

Lula e Dilma e os delinquentes de estimação do PT deixarão a Nação devendo mais de R$ 3 trilhões; já quebraram a Petrobrás, a Eletrobras e continuam dilapidando os cofres públicos, o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. 

Não há saída, leitor: ou removemos o PT do poder nas próximas eleições, ou o PT deixará o Brasil completamente falido, arruinado e com a metade da população desocupada e viciada na esmola do dia. 

Ruy Câmara
http://blogdoescritorruycmara.blogspot.com.br/2014/01/mentiras-fraudes-e-descalabros-do-pt.html

quinta-feira, janeiro 09, 2014

CRÍTICA À LEVEZA E AO ELOGIO FÁCIL

Venho observando com muita desconfiança o comportamento dúbio e volátil de alguns amigos ou ex-amigos que até ontem repudiavam Lula, Dilma, PT, a oligarquia Ferreira Gomes, e hoje, rendidos às seduções misteriosas do poder, romperam com seus aliados históricos e aderiram aos esquemas dos adversários em troca de cargos periféricos no governo. A fila de burgueses neossocialistas e neocomunistas continua passando na Beira Mar ou postando ingenuidades na web sob o meu olhar severo e reprovador. 


Tenho visto também que alguns deles, astutamente, abandonaram a crítica ácida e passaram a postar mensagens que infundem uma pureza artificial, sem nenhum conteúdo comprometedor, de “paz e amor” ou imagens ainda mais ingênuas, de pássaros cantando ou de flores desabrochando no campo. 

Recentemente um desses farsantes postou uma mensagem no meu twitter invocando a leveza e o elogio como os caminhos para o sucesso e para a felicidade. Por uns instantes passei a admitir que ele poderia estar certo e eu, totalmente errado. Mas quando vi que o bajulador, com sua leveza fingida, tem apenas alguns seguidores e eu, com as minhas críticas e idiossincrasias sem cura, mais de 100 mil, resolvi excluí-lo do meu rol de amigos para poupá-lo de vexames. 

É verdade que esses amigos ou ex-amigos não está sozinho com as suas obtusidades e miopias sobre a vida, sobre a realidade nacional e sobre as relações sociais, tanto que há centenas de comunidades no Facebook em que a regra é a banalidade e é quase proibido postagens sobre temas que não sejam inúteis. 

Tenho observado que os amigos que gozam da fama de leves, esses que nas rodas sociais estão sempre sorrindo, aplaudindo ou comprazidos com a demagogia do elogio fácil, quando se deparam com um impasse qualquer, logo emudecem ou mudam de opinião como quem muda de rapariga, sem esboçar nenhum dilema de consciência. 

Ora, leitor, quem perde a capacidade de se indignar, de criticar com honestidade e de se pensar, mesmo que seja abstratamente, perde também o horizonte do pensamento honesto e da própria vida. 

Ruy Câmara

http://blogdoescritorruycmara.blogspot.com.br/2014/01/critica-leveza-e-ao-elogio-facil.html


quarta-feira, janeiro 08, 2014

O 'PERIGO VERMELHO'

Retiraram o corpo de João Goulart da sepultura para examiná-lo. Coisa deprimente, os legistas examinando ossos de 40 anos atrás para saber se foi envenenado. Mas havia também algo de um ritual de ressurreição encenada. Jango voltava para a turma que está no poder e que se considera vítima de 1964 até hoje. Só pensam no passado que os ‘legitima’ com nostalgia masoquista de torturas, heranças malditas, ossadas do Araguaia, em vez de fazerem reformas no Estado paralítico e patrimonialista.

Querem continuar a ‘luta perdida’ daqueles tempos ilusórios. Eu estava lá e vi o absurdo que foi aquela tentativa de ‘revolução’ sem a mais escassa condição objetiva. Acuaram o trêmulo Jango, pois até para subversão precisavam do governo. Agora, nossos governantes continuam com as mesmas ideias de 50 anos atrás. Ou mais longe. Desde a vitória bolchevique de 1921, os termos, as ilusões são as mesmas. Aplica-se a eles a frase de Talleyrand sobre a volta dos Bourbons ao poder: "Não aprenderam nada e não esqueceram nada".

É espantosa a repetição dos erros já cometidos, sob a falácia do grande ‘teólogo’ da História, Hegel, de que as derrotas não passam de ‘contradições negativas’ que levam a novas teses. Esse pensamento justificou e justifica fracassos e massacres por um ideal racional. No PT e aliados como o PC do B há um clima de janguismo ou mesmo de ‘brizolismo’, preferência clara da Dilma.

Brizola sempre foi uma das mais virulentas e tacanhas vozes contrárias ao processo de desestatização.

Mas, além dessas mímicas brasileiras do bolchevismo, os erros que querem repetir os comunistas já praticavam na época do leninismo e stalinismo: a mesma postura, o mesmo jargão de palavras, de atitudes, de crimes justificados por mentiras ideológicas e estratégias burras. Parafraseando Marx, "um espectro ronda o Brasil: a mediocridade ideológica".

É um perigo grave que pode criar situações irreversíveis a médio prazo, levando o País a uma recessão barra-pesada em 14/15. É necessário alertar a população pensante para esse ‘perigo vermelho’ anacrônico e fácil para cooptar jovens sem cultura política. Pode jogar o Brasil numa inextrincável catástrofe econômica sem volta.

Um belo exemplo disso foi a recusa do Partido Comunista Alemão a apoiar os social-democratas nas eleições contra os nazistas, pois desde1924 Stalin já dizia que os "social-democratas eram irmãos gêmeos do fascismo".

Para eles, o ‘PSDB’ da Alemanha era mais perigoso que o nazismo. Hitler ganhou e o resto sabemos.

Esta semana li o livro clássico de William Waack Camaradas, sobre o que veio antes e depois da intentona comunista de 1935 (livro atualíssimo que devia ser reeditado), e nele fica claro que há a persistência ideológica, linguística, dogmática e paranoica no pensamento bolchevista aqui no Brasil. A visão de mundo que se entrevê na terminologia deles continua igual no linguajar e nas ações sabotadoras dos aloprados ao mensalão - o fanatismo de uma certeza. Para chegar a esse fim ideal, tudo é permitido, como disse Trotski: "A única virtude moral que temos de ter é a luta pelo comunismo". Em 4 de junho de 1918, declarou publicamente: "Devemos dar um fim, de uma vez por todas, à fábula acerca do caráter sagrado da vida humana". Deu no massacre de Kronstadt em 21.

No Brasil, a palavra "esquerda" continua o ópio dos intelectuais. Pressupõe uma "substância" que ninguém mais sabe qual é, mas que "fortalece", enobrece qualquer discurso. O termo é esquivo, encobre erros pavorosos e até justifica massacres. Temos de usar "progressistas e conservadores".

Temos de parar de pensar do Geral para o Particular, de Universais para Singularidades. As grandes soluções impossíveis amarram as possíveis. Temos de encerrar reflexões dedutivas e apostar no indutivo. O discurso épico tem de ser substituído por um discurso realista, possível e até pessimista. O pensamento da velha "esquerda" tem de dar lugar a uma reflexão mais testada, mais sociológica, mais cotidiana. Weber em vez de Marx, Sergio Buarque de Holanda em vez de Caio Prado, Tocqueville em vez de Gramsci.

Não tem cabimento ler Marx durante 40 anos e aplicá-lo como um emplastro salvador sobre nossa realidade patrimonialista e oligárquica.

De cara, temos de assumir o fracasso do socialismo real. Quem tem peito? Como abrir mão deste dogma de fé religiosa? A palavra "socialismo" nos amarra a um "fim" obrigatório, como se tivéssemos que pegar um ônibus até o final da linha, ignorando atalhos e caminhos novos.

A verdade tem de ser enfrentada: infelizmente ou não, inexiste no mundo atual alternativa ao capitalismo. Isso é o óbvio. Digo e repito: uma "nova esquerda" tem de acabar com a fé e a esperança - trabalhar no mundo do não sentido, procurar caminhos, sem saber para onde vai.

No Brasil, temos de esquecer categorias ideológicas clássicas e alistar Freud na análise das militâncias. Levar em conta a falibilidade do humano, a mediocridade que se escondia debaixo dos bigodudos "defensores do povo", que tomaram os 100 mil cargos no Estado.

Além de "aventureirismo", "vacilações pequeno-burguesas", "obreirismo", "sectarismo", "democracia burguesa", "fins justificando meios", "luta de classes imutável" e outros caracteres leninistas temos de utilizar conceitos como narcisismo, voluntarismo, onipotência, paranoia, burrice, nas análises mentais dos "militantes imaginários".

Baudrillard profetizou há 20 anos: "O comunismo hoje desintegrado se tornou viral, capaz de contaminar o mundo inteiro, não através da ideologia nem do seu modelo de funcionamento, mas através do seu modelo de desfuncionamento e da desestruturação brutal" (vide o novo eixo do mal da A. Latina).

Sem programa e incompetentes, os neobolcheviques só sabem avacalhar as instituições democráticas, com alguns picaretas sábios deitando "teoria" (Zizek e outros). Somos vítimas de um desequilíbrio psíquico. Muito mais que "de esquerda" ou "ex-heróis guerrilheiros", há muito psicopata e paranoico simplório. 
Esta crise não é só política, é psiquiátrica.

Por Arnaldo Jabor - para O Estado de S. Paulo
07 de janeiro de 2014 | 7h 32 

http://blogdoescritorruycmara.blogspot.com.br/2014/01/o-perigo-vermelho.html

terça-feira, janeiro 07, 2014

Continuaremos a não acontecer em 2014

Não sou pessimista; sou um otimista bem-informado... Arnaldo Jabor  
 "O Estado de SP" 31 DEZ 2013

O ano de 2013 foi muito bom. Muito didático. Aprendemos a ver as coisas pelo lado torto. Ótimo, pois nossa verdade está no avesso. Aprendemos que corrupção no Brasil não é apenas endêmica; é eterna. Ela está encravada na alma de nossos políticos. Corrupção é vida. Foi através dela que construímos esse país, no adultério entre o público e o privado ou entre o "púbico e a privada". Daí nasceu nosso mundo: estradas rotas, a espantosa construção de Brasília, onde já gastamos trilhões de dólares com passagens aéreas para homens irem ao Planalto implantar perucas ou visitar as amantes e casas de mães joanas.


Aprendemos que apenas 30% da população é realmente alfabetizada. O resto é analfabeto funcional que assina o nome, mas não sabe mais nada. E isso é bom para eleições, pois um povo ignorante é ótimo para eleger canalhas.

No entanto, tudo tem um lado bom, nossa estupidez estimula uma criatividade cultural de axés e garrafinhas, aumenta a fé com milhões de novos evangélicos dando dinheiro para pregadores traficantes, estimula a boçalidade combativa, como as emocionantes batalhas entre torcidas, shows de MMA espontâneos nas arquibancadas. Estupidez é entretenimento. O País já virou novela de suspense. É uma escola. Com a prisão dos mensaleiros, enxergamos que nosso sistema penitenciário é o inferno vivo. Estupradores, chacinadores protestam contra o conforto dos petistas. Finalmente, Zé Dirceu conheceu a luta de classes e foi-nos útil: iluminou-nos sobre o sistema carcerário.

Vimos como a escrotidão e o idealismo são primos. Neste ano aprendemos, por exemplo, que não existe primavera, nem árabe nem brasileira. E isso é mais realista. Chefes de Estado preferem secretamente que o Assad ganhe a guerra contra a Al-Qaeda que já tomou conta. Menos esperança, mais sabedoria. O mundo ganhou um pessimismo iluminado. Graças ao bravo 'nerd' Snowden, que revitalizou o Putin da Rússia, o líder da moda que protege a destruição da Síria, prejudicou o Obama e abriu portas para novos ataques do terror. Ou seja, aprendemos que tudo se ramifica em contradições inesperadas, que um bem pode virar um mal e um 'hacker' babaca pode mudar o mundo.

Já sabemos que milagres acontecem, mas são logo destruídos. Milhões se ergueram em junho numa aurora política aparente, mais uma 'primavera'; no entanto, os black blocs, espécie de Al-Qaeda punk de imbecis, vieram nos lembrar da realidade: estupidez e mediocridade política são a clássica realidade brasileira. Enquanto Sarney reina, Agnello Queiroz se agarra no Lula e Jacques Wagner destrói a Bahia, já sabemos que os horrorizados cariocas, chocados com o grande "crime" do helicóptero do Cabral vão eleger a nova catástrofe: nosso Estado governado ou pelo Garotinho, Crivella ou Lindinho. Será o fim do Estado do Rio, durante a olimpíada. Vivam os cariocas, as bestas quadradas do apocalipse! Pedem para ser mortos duas vezes.

Já sabemos também que "a infraestrutura sórdida do País foi culpa dos governos anteriores". Ao menos foi o que disse a Dilma diante de FHC e do Clinton (que vexame...) depois de 11 anos do PT no poder. Só não sabemos o que o PT fez em 11 anos, mas isso é curiosidade de neoliberais canalhas, o que será corrigido com a reeleição de Dilma, quando teremos uma regulamentação bolivariana nessa mídia conservadora que teima em estragar os prazeres da mentira. Finalmente entendemos que quem fez o Plano Real não foi o FHC, como afirma a mídia de direita; foi o Lula, com preciosa ajuda de Mantega.

Já entendemos que a Dilma é brizolista. Também já sabemos que o Brasil anda na contramão dos próprios velhos países socialistas como China e Vietnã. Como escreveu Baudrillard: "O comunismo hoje desintegrado tornou-se viral, capaz de contaminar o mundo inteiro, não através da ideologia nem do seu modelo de funcionamento, mas através do seu modelo de desfuncionamento e da desestruturação brutal", vide o novo eixo do mal da A.Latina. Nós somos um bom exemplo desconstrutivo do que era o comunismo.

Já sabemos que privatização se chama hoje concessão, que lucro ainda é crime e que aos poucos os empreendedores que fizeram o País, antes do PT existir, são aceitos ainda com relutância pelos donos do poder.

Já sabemos que nosso ministro da economia é a própria Dilma, pois o Mantega só está lá porque ela manda nele. Por que não bota o Delfim, ou o Palocci que já salvou o Brasil uma vez? Ele é um dos petistas respeitáveis. O outro morreu há pouco - Marcelo Déda, raridade, inteligente, com senso de humor e do bem.

Neste ano, aprendemos: a justiça não anda sozinha. Se não fossem dois grandes homens, Ayres Brito e Joaquim Barbosa, nada teria acontecido. Aprendemos que o Mercosul tem de acabar. Aprendemos que o legislativo só funciona no tranco de ameaças do povo. Agora já perderam o medo de novo.

Já sabemos que a política tem sido um espetáculo, como um balé. No Brasil, a política já é um país dentro de outro, com leis próprias, ética própria a que assistimos, impotentes. Os fatos perderam a solidez - só temos expectativas. E tudo continuará. Saberemos no ano que vem quantos campos de futebol de floresta foram destruídos por mês nas queimadas da Amazônia, enquanto ecochatos correm nus na Europa, fazendo ridículos protestos contra o efeito estufa; saberemos quantos foram assassinados por dia, com secretários de segurança falando em "forças-tarefa" diante de presídios que nem conseguem bloquear celulares, continuaremos a ouvir vagabundos inúteis falando em "utopias", bispos dizendo bobagens sobre economia, acadêmicos decepcionados com os 'cumpanheiros' sindicalistas, enquanto a República continuará a ser tratada no passado, com as nostalgias masoquistas de tortura, ressurreição de Jango e JK, heranças malditas, ossadas do Araguaia e nenhuma reforma no Estado paralítico e patrimonialista. Não vivemos diante de "acontecimentos", mas só de "não acontecimentos".

Repito a piada: não sou pessimista; sou um otimista bem informado.

Continuaremos a não acontecer em 2014.