O PT tornou-se um partido corrompido e corruptor em todas as suas práticas e ações genuinamente fisiologistas mas, no afã de se tornar hegemônico em São Paulo e no Brasil, cometeu um erro primário de estratégia política ao flertar com um adversário manso e ardiloso, seduzindo-o a aceitar um noivado adúltero e promiscuido, como ocorreu com o prefeito Gilberto Kassab, a cria de José Serra que agora é acusado de ser traidor e algoz do PT.
Desrespeitando a cláusula de prudência o PT ignorou solene que Gilberto Kassab, mesmo sem o saber, atuou nesse episódio como um ESPIÃO TRÍPLO, ora em causa própria (PSD); ora afagando os egos enfermiços de Lula; ora a serviço do PSDB, para ao final estender o tapetão azul para José Serra implodir o delírio de Fernando Haddad, nome conhecido na praça pelos sucessivos escândalos e imoralidades envolvendo o ENEM e também pela sua desastrada gestão à frente do MEC, instituições que foi transformada em aparelho oficial para o fomento da promiscuidade estatal através das famigeradas cartilhas, dos Kits Gays e outras deformidades pedagógicas e nocivas em suas intenções e práticas.
Para barrar o sonho sonambúlico de Haddad, José Serra topou o desafio de subir ao ringue e o fez com apoios de peso e com disposição para impor uma derrota ao aventureiro do PT que jamais disputou uma eleição e que, por falta de conhecimentos e de experiência em gestão municipal, não tem o mínimo preparo para administrar uma cidade com a complexidade de São Paulo.
Fica evidente que a teimosia do Lula, de atropelar todos os nomes do PT para impor seu pupilo e preposto, foi das mais desastradas, tanto que 9 de cada 10 petistas, apostam na derrota de Haddad como certa, pois lhe faltam ainda, carisma, empatia eleitoral e até mesmo discurso.
Nesse sentido, a aposta em Haddad é um tiro no próprio pé do PT, pois trata-se de uma aposta extremamente perigosa para o governo e mais ainda para os eleitores paulistas, e caso se confirme a vitória de José Serra, quem sairá derrotado mesmo não será Haddad, mas Lula, Dilma e o PT com sua base aliada esfacelada, fato que determinará também o êxito da oposição nas eleições majoritárias de 2014.
Particularmente estou convencido de que não será uma disputa somente de âmbito municipal, pois José Serra tem experiência sobrante para ampliar e nacionalizar os debates envolvendo a 6ª cidade mais populosa do planeta, tanto que já anunciou, com toda ênfase, que essa disputa será decisiva não só para o futuro da cidade de São Paulo, mas também para o futuro do país, porque será uma disputa entre duas visões bastante diferentes do Brasil; entre duas visões distintas de administração pública e de bens coletivos; entre duas visões antagônicas de democracia e cidadania; entre duas visões díspares de gestão voltada para soluções objetivas; entre duas visões antagônicas de respeito aos princípios constitucionais e valores republicanos, valores esses cada vez mais escassos e até desconhecidos pelos grupos de delinquentes de estimação do PT.
Ruy Câmara
Escritor
http://blogdoescritorruycmara.blogspot.com/2012/03/no-que-resultou-um-noivado-adultero-e.html