Foto de 2010 da única filha de Stalin,
Svetlana Stalin
Svetlana Allilujevová, a única filha mulher do ditador sanguinário soviético, Josef Vissariónovitch Stalin, nascido Iossif Vissariónovitch Djugashvil, vulgo Koba, morreu como viveu desde o berço: escondendo-se das sombras dos fantasmas comunistas para não ser incomodada nem acusada de cumplicidade com os crimes perpetrados contra a humanidade por seu pai, um dos ditadores mais cruéis de todos os tempos.
Somente após
uma semana de sua morte, o mundo tomou conhecimento de que ela viera ao
mundo como Svetlana Stalin e que mais tarde usaria o sobrenome da mãe,
Allilujevová para viver protegida nos Estados Unidos com o nome de
Svetlana Peters ou simplesmente, Lana Peters.
Criada por uma
babá desde que sua mãe morreu em 1932, Svetlana Stalin tinha dois irmãos
por parte de pai, Vasili e Yakov. Yakov foi capturado pelos nazistas em
1941 e morreu em um campo de concentração. Vasili morreu vítima de
alcoolismo aos 40 anos.
A menina
obediente de Stalin viria a rebelou-se contra o pai na idade adulta,
quando descobriu que sua mãe não havia morrido após a ruptura do
apêndice, como seu pai havia lhe dito na infância.
Após se formar
na Universidade de Moscou em 1949, Svetlana Stalin trabalhou como
professora e tradutora e frequentava os círculos intelectuais russos.
Com dois casamentos desfeitos em pouco tempo, a atormentada Svetlana
apaixonou-se por Brijesh Singh, um comunista indiano que trabalhava para
os soviéticas. Mas Stalin não aceitou que a filha se casasse novamente.
Quando Brijesh Singh morreu em 1967, ela conseguiu uma permissão da KGB
para ir à Índia a pretexto de lançar as cinzas do seu parceiro no
Ganges. No último dia de estadia na Índia, Svetlana Stalin, revoltada
com o regime comunista, foi à embaixada americana de Nova Déli e pediu
asilo político.
Depois de uma
breve estada na Suíça, foi embora para os EUA. A notícia de que a filha
do todo poderoso Stalin desertara com ajuda da Agência Central de
Inteligência (CIA) para os USA produziu uma crise diplomática entre as
duas maiores superpotência do mundo.
O Kremlin não
tinha resposta para uma pergunta que todos faziam nas ruas de Moscou,
St. Petersburgo, Geórgia e nos quatro cantos do império soviético: "Por
que motivo a filha de Josef Stalin abandou dois filhos e preferiu
arriscar a vida numa fuga para os USA, um país inimigo da União
Soviética?
Quando
desembarcou em Nova York em 1967, Svetlana, então com 41 anos, disse:
"Eu vim aqui para buscar a liberdade e o direito de expressão que me foi
negada por tanto tempo na Rússia." Ela disse que duvidava do comunismo
que a ensinaram desde a infância e acreditava que não existe
capitalistas e comunistas, e sim pessoas boas ou más. Ela também
encontrou religião e disse ser impossível "existir sem Deus no coração".
Svetlana Stalin
ou Lana Peters, exilou-se consciente de que a decisão lhe cobraria por
toda a vida um elevado preço, pois havia deixado para trás seus dois
filhos de casamentos anteriores, Josef e Yekaterina, ambos bastante
deprimidos com a decisão da mãe, tanto que nunca mais a perdoaram e
nunca mais a aceitaram como mãe.
Svetlana Stalin
casou-se quatro vezes ao longo da vida, sendo o último deles em 1970,
com o arquiteto e engenheiro americano William Wesley Peters, quando
passou a assinar-se como Lana Peters. Os dois tiveram uma filha de nome
Olga.
Após viver na
Grã-Bretanha durante dois anos, na década de 1982, Lana, aos 58 anos,
juntamente com Olga conseguiram o repatriamento para União Soviética,
com direito a um apartamento, pensão, carro oficial e motorista. Mas,
após um ano de tédio, vivendo no país rigidamente controlado e novamente
rompida com os filhos, Lana decidiu esquecer que tinha família na União
Soviética e voltou aos Estados Unidos.
Novamente
procurada por jornalistas, Svetlana fez ácidas criticas ao comunismo e
respondeu à pergunta dos soviéticos dizendo: "Retornei aos USA porque a
sombra de meu pai, mesmo estando morto (1953) não me deixava falar do
comunismo." E ao ser perguntada sobre o que sentira com a morte do pai
ele disse: "STALIN era um MONSTRO MORAL E ESPIRITUAL”.
Svetlana Stalin
escreveu três best-sellers, sendo o mais importante “Vinte Cartas a Um
Amigo; "Only One Year – Apenas um ano"; uma autobiogradia publicada em
1969, e denunciou as práticas do regime que enviou milhões de pessoas
para os campos de trabalho forçados.
Numa entrevista
concedida ao Chicago Tribune em 1983 ele declarou: "A sombra do meu pai
sempre paira sobre mim, não importa o que eu faça ou diga."
A
documentarista, Lana Parshina, encontrou-a numa casa para repouso de
idosos em Wisconsin, mantido pelo Estado americano, e a entrevistou-a
para um filme intitulado “Svetlana Sobre Svetlana”, sobre a sua
conturbada vida, um tema que na opinião do “New York Times” “valia mais
do que qualquer novela russa”.
Num dos livros
que tanto lhe rendera dinheiro, ela recorda o pai ausente e paranoico
que governou a nação durante longos 29 anos, com as mãos sujas de sangue
e um caneta sempre pronta a mandar alguém para o inferno.
O premiê
soviético Alexi Kosygin disse que a filha de Stalin era "moralmente
instável" e uma "pessoa doente" e acrescentou: "Temos piedade daqueles
que desejam usá-la para qualquer objetivo político ou para qualquer
objetivo de desmoralizar o Estado soviético".
Svetlana morreu
em Wisconsin, Estados Unidos, no dia 22 de Novembro de 2011, aos 85
anos, vítima de um câncer e sua morte foi confirmada oficialmente por
Benjamin Southwick, procurador do condado de Richland County,
Wisconsin, USA, onde ela foi viver após se casar em 1970 com o
arquitecto William Peters. O casal e a filha Olga residiam em Spring
Green, perto de Madison, até a separação e posteriormente o divorcio.
Svetlana Stalin
ou Svetlana Allilujevová (para os russos) ou ainda Lana Peters (para si
mesma) foi deste mundo deixando a filha Olga vivendo em Portland,
Oregon e a filha Yekaterina, uma cientista que estuda vulcões na
Sibéria. Seu filho, Josef, morreu em 2008, aos 63 anos em Moscou.
Quando a imprensa perguntou a Yekaterina se ela iria ao enterro da mãe, ela disse: "Não tenho mãe." Um sobrinho
de nome, Yevgeny Džugašvili, o mais velho dos 9 netos de Stalin disse,
sem esboçar nenhum sentimento de pesar, que todos os descendentes de
Stalin se odeiam e estão brigados para todo o sempre, razão pela qual
nem ele, nem nenhum outro parente na Rússia, foram notificados sobre o
corrido, e concluiu. "Ela morreu idosa, esquecida e abandonado nos EUA.
Foi auto-selecionada pelo destino e teve uma vida atormentada pelas
sombras do passado."
Com essas palavras, reafirmou o que Svetlana Stalin dissera
em entrevista recente ao Wisconsin State Journal: "Onde quer que eu vá,
seja aqui ou na Suíça, na Índia ou em qualquer lugar, mesmo na
Austrália ou em alguma ilha deserta, eu sempre permanecerei prisioneira
político do nome de meu pai."
Ruy Câmara
Sugiro que assistam os vídeos a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=jxP7FNX2nqk&list=PLFA260D98EE0C4AC1
A filha de Fidel Castro
Conferência em New York
A época cruel e sanguinária do COMUNISMO:
Stalin el Imperio del Mal (1-2) - Stalin, el Tirano Rojo (La noche tematica) HQ
https://www.youtube.com/watch?v=SmCqN0yMZRg&index=5&list=PLIsmiNng3kU-Tvg06DpSwKDIC8abIEA6s
https://www.youtube.com/watch?v=EHM0uLxt144
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